segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Memórias de meu pai

Suaves
Quando o via pintar
Seus quadros de pinheiros,
Barcos, palmeiras...

Rudes
Quando sentia
Na carne e na alma
A dor de seus castigos exagerados...

Bucólicas
Quando o via
Cuidar de suas aves,
De seus sonhos experimentais...

Melancólicas
Quando o via voltar
Do seu trabalho exaustivo...
 Para trazer o sustento da família.

Amorosas
Oh Papai
Que dura vida tiveste
Construindo casas,
Sem ter a tua.
E que breve vida tiveste
Pintando quadros de pinheiros,
Barcos, palmeiras...

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